Prometemos nunca nos apaixonar. Seríamos como amigos homens, amigas mulher, um amigo gay ou uma amiga lésbica. Vivíamos juntos, dormíamos juntos. Os amigos, os mesmo. As viagens, as mesmas. As cervejas, as mesmas. E a amizade, sempre presente, se transformou num amor tenro e platônico, onde só nos bastava estar perto.
Mas não foi bem isso. A parte mulher e a parte homem falaram mais alto. O desejo, a paixão, o estar junto, também. Aquele amor, que antes era auto-suficiente, agora precisava da presença. Mas tudo continuou o mesmo. Amigos, viagens, cervejas - só o amor se modificou.
No fim, acho que só eu prometi. Prometi porque sabia que era capaz de me apaixonar por alguém que sempre me encantou - como sempre me aconteceu - e queria ver se eu podia ir contra essa lei minha. E nessa guerra eu contra eu, eu venci. Eu não, nós. Porque se há algo melhor do que amar alguém por quem se encanta e se conhece bem, por favor, me diga.
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