quinta-feira, 24 de junho de 2010

Nossos planos meus

Olha, eu não conheço você há muito tempo, mas eu já gosto bastante de você.

Tá bom, a gente põe na nossa conta mais de dois anos, mas isso não é suficiente para dizermos que nos conhecemos. Estamos, os dois, em processo de constante mudança, eu posso te conhecer nesse segundo que escrevo, mas no próximo já não te conheço. Concorda comigo que seria tudo mais fácil se todos os casais pensassem em se redescobrir assim todos os dias?

Mas é nesse redescobrimento que está a magia da coisa. Tenho que estar te buscando a todo momento. Saber que livro está lendo; que comida está com mania de comer; sua cor preferida; se está gostando mais de listras ou bolinhas; dentre tantas normais coisas outras, que todos te perguntarão, como no que pensa antes de dormir e que pasta de dente está usando. Faria todas essas perguntas, fazendo você pensar sobre si mesmo.

E então minha mente começa a ligar manivelas sem que eu me dê conta. E se a gente fosse morar junto? Teríamos um carro e iríamos todos os dias juntos pro Fundão. Não, mais tarde, deixa essa época pra lá, vou recomeçar.

E se a gente fosse morar junto? Chegaríamos do trabalho e comentaríamos sobre nossos dias rapidamente. Você abriria a geladeira e fecharia-a forte reclamando que nunca temos comida em casa, enquanto eu reclamava de como você bateu a porta, dizendo "tem carro em casa não?". Então, teríamos uma briga colossal para descobrir o que iríamos comer, mas acabaríamos pedindo um yakisoba, como sempre. Enquanto esperamos, falaríamos mais do trabalho. Você comentaria sobre o que seus alunos falaram na aula de física e eu sobre os meus da aula de biologia. Compararíamos o comportamento deles, já que trabalharíamos juntos em alguma historia. Se não fosse sexta, corrigíramos provas, mas esses dias não importam. Quando cansarmos dos nossos pestinhas, planejaríamos onde faríamos nossa pós e moraríamos. Londres, você diz. Alemanha. Eu diria que Londres é mais caro e mais frio que a Alemanha, e você olharia pra minha cara com um "idiota" escrito no olhar. Você diria que Londres é mais embaixo que Berlim, eu teimaria que não e você pegaria um mapa. De certo você estaria certo. Eu iria olhar e dizer malcriada "mas é mais caro".

Eu iria sentar no sofá só pra não ter que continuar olhando pra você e fingiria prestar atenção em qualquer coisa que estivesse passando na televisão. Dali a uns dois minutos, eu iria até você, chegaria de mansinho e beijaria de levinho sua orelha, já que você estará sentado na cadeira. Você então viraria e me daria um beijo selando nossa paz, de um jeito que a discussão ficasse jogada num canto da cozinha, talvez dentro do armário. Sentaria no seu colo e olharíamos bem dentro dos olhos um do outro e riríamos do silencio, mesmo com a televisão ligada. Um riso sem porquê.

O interfone tocaria, era o yakisoba. Eu diria "vai lá hoje, que eu estou cansada, tem dinheiro na minha carteira". Você fecharia a cara, diria que tem dinheiro e que nas próximas duas vezes o trabalho sujo era meu; eu só concordaria. Comeríamos, como sempre, no mesmo pote e usando palitinho. você se sujaria inteiro e eu tentaria, com uma cara de reprovação, te limpar a cada vez que você levava a comida à boca. Eu fingiria até raiva quando você deixasse cair alguma cebola ou pimentão no tapete que sua mãe nos deu e diria "olha aí, filho da puta!", e você faria beicinho e aquela cara que eu não resisto, e eu correria até você para te abraçar rindo, deixando cair uma porção de macarrão. Você gritaria "olha aí, filho da puta!" riríamos absurdamente disso, já que nunca gostamos muito do tapete (do tapete, não de sua mãe), e como se isso fosse a graça e o fim do mundo.

Iríamos abraçados pro sofá e nos beijaríamos com fúria, que sabe-se lá da onde veio, mergulharíamos num frênesis total, que eu sentiria até uma duvida sua entre tirar minha camisa e continuar me beijando. O calor aumentaria até que cada poro e átomo pedisse você pra mim e os corpos gritariam tão ferozmente nessa insanidade que você é para mim, até que, semi nus, você viria em cima de mim e morderia do meu pescoço à minha orelha. Você certamente sentiria e riria por dentro de todos os meus pelos em pé e de minha pupila que certamente estaria dilatada, por mais que você não conseguisse ver (eu, pelo menos, estaria de olhos fechados). Eu iria usar de todo poder das minhas mão e unhas para arranhar e acabar com as suas costas, como uma espécie de poder. Isso tudo e não lembraríamos da televisão, da nossa comida esfriando, nem do quanto seria chato mandar lavar o tapete. O sofá nos aguentaria e moldaria-se a nossos corpos que por alguns instantes será um só e ficaria quieto, na dele. Ele sabia que não controlávamos nossos ímpetos.

Nus, andaríamos pela sala recolhendo peças de roupas jogadas e eu olharia assustada para as suas costas e exclamaria "nossa, eu que fiz isso?", e você mais uma vez reclamará que minha mão esquerda tem vida própria. Suspiraríamos alegremente dizendo "que bom que hoje é sexta", já que ainda não precisarias dar aulas aos sábados, mesmo reclamando sempre de grana e dizendo "tá foda, amor". Então você lembraria que tem aquele almoço que a sua mãe tanto planejara na casa dela e não podíamos faltar, e nos olharíamos com cara de saco cheio, já que detestamos obrigações familiares (obrigações familiares, e não sua mãe). Mas ainda teríamos o domingo para ficarmos juntos e, quem sabe, pedir uma pizza. Pedir algo às sexta, apesar da pouca grana, era quase obrigatório, salvo aquelas ocasiões que você chegaria mais cedo e cozinharia pra mim, fazendo um jantar romântico digno de filme.

E eu pensaria comigo como alguém como você pode gostar de alguém como eu, que sou chata e rabugenta e ainda não ter se cansado, desde os 15 anos de idade. E eu lembraria que essas coisas como o amor não tem explicação e agradeceria a sei lá que entidade superior pelo fato de ter você comigo, contando seu dia; gastando seu tempo comigo; querendo Londres enquanto eu quero Alemanha; me fazendo fingir prestar atenção na televisão quando discutimos; me fazendo derrubar o yakisoba no chão (olha aí, filho da puta!), quando corro pra te abraçar; quando você me faz acelerar no sofá.  Você devia ser canonizado.

Olha, eu acho que eu gosto mesmo de você. Mas ainda prefiro a Alemanha.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Auto-embriagues

Já era tarde. Bem tarde, aliás. Havia demorado 10 minutos para encaixar a chave no buraco da fechadura e agora mal conseguia escrever. Suas olheiras estavam fundas e negras. O cabelo, em pé. O corpo, sem vida. Os dedos tinha um cheiro insuportável de cigarro, juntamente com ela toda. Isso tudo era reflexo de uma decepção. Talvez a mais forte e pior de sua vida, um soco no estômago. Soco não, chute. Algo ruim mesmo. Mas, em algum momento, ela tinha esquecido. Sua mente estava tão alienada do mundo que ela ficava encarando o chão por minutos a fio, por mais que nada lhe passasse pelo cérebro. Seu único movimento era sentar perto da varanda com uma folha de papel, um lápis e uma xícara de café. Sua única ação foi olhar para o reflexo do café e escrever: Olha o que você faz comigo!

domingo, 20 de junho de 2010

Entre amigos

Era uma sexta. Aquelas sextas fechadas e monótonas, ainda mais porque eu tinha aula no dia seguinte. Mas me mantinha inquieto: completava um mês que não fazia amor. Romantismo à parte, sexo pode - e é, muitas vezes - caracterizado como uma necessidade fisiológica básica. Exatamente como excretar, beber água e comer. Eu não era lá muito diferente das outras pessoas.

Sentei-me no sofá e fui ver se minha agenda telefônica me dava alguma esperança. Afinal de contas, amigas de verdade são para qualquer hora! Ou quase. Já exausto, no fim da lista e cansado da falsidade e superficialidade das amizades entre homens e mulheres, acabo encontrando o nome de uma amiga especial: Rafaella. Chamava-a apenas de Rafa, tamanha nossa intimidade.

Liguei-a pensando o que deveria falar. Precisava ter um bom papo e não deixar transparecer muito que ela seria usada como algum objeto a mais. Nem que brigasse comigo, e muito menos que perdêssemos o clima. Por fim, gastei todo o meu fôlego enchendo-a de teorias aéreas e vagas já citadas até que ela disse sim. Sim! Não foi um sim propriamente dito, ela ficou calada. Mas quem cala consente.

E consentiu. Foi incrível te-la uma hora depois em minha cama nua de suas roupas e julgamentos morais sobre o que estávamos fazendo. Não são todas as mulheres que consentem num sexo básico. Sem me gabar, mas a menina ficou boquiaberta quando me viu, como sempre acontece em nossos encontros.

O ato em si foi bastante satisfatório e acredito que deixou nós dois muito bem, o problema foi o depois. Aquele clima de silencio e constrangimento se instalou no quarto e eu não conseguia tira-lo. Tentei até puxar conversa, mas nada. Ela parecia não me escutar, nem muito menos assimilar as coisas. Amizade à parte, mas Rafaella nunca teve uma cabeça muito boa, cansei de falar com ela de sua cabecinha oca, mas parece que nunca me deu ouvidos. Nessa hora, foi provado a mim que sexo entre amigos não é uma ideia muito boa.

Após perdermos aquela energia pela qual o sexo se expressa, resolvi dar um basta naquilo. Dei um tempo e encerrei o encontro. Guardei tudo numa caixinha no armário. Com um ar meio desiludido e longe da minha satisfação pessoal, dobrei e guardei Rafa, minha boneca inflável.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

La cámara

Tudo que eu queria eram umas fotos e a nostalgia das feiras de rua. Ia andando pelas ruas do centro da cidade durante um sábado de manhã, observando a feira e seus presentes. Cenas interessantes, diria eu. Tirei algumas fotos, mas logo fui abandonada pela minha máquina, que havia ficado sem bateria.

Mais a frente, vi que estava tendo uma feirinha de antiguidades na Rua dos Inválidos e resolvi dar um pulinho lá. Pendurei a câmera no pescoço - ainda restava uma mísera esperança que ela retornasse a vida - e fui andando despreocupada. Os vinis e as vitrolas me chamavam a atenção por uma longa parte do percurso, sempre gostei de coisas antigas.

De repente, percebo que minha máquina caiu e, antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, ouvi um creck. Minha única reação foi olhar para baixo, observar um par de pernas e, ainda olhando para baixo, exclamar um palavrão. Olho para cima e vejo um homem de aparência medíocre e de olhos vagos me olhando. Meus nervos ficaram a flor da pele.

Comecei a reclamar e chama-lo de tudo que era nome, enquanto ele me pediu um pouco de calma e me chamou para conversar. Calma? Mas é claro! Conversar. Discutiríamos o preço de uma câmera nova.

Sentamo-nos em um daqueles bares boêmios da região da Lapa e ele pediu um chá gelado. Chá gelado! Estávamos num bar, cara! Meu Deus, quem eu arrumei para quebrar minha câmera? A moça me perguntou se eu queria alguma coisa. Neguei, alegando que estava sem dinheiro. Ele, então, pediu um outro chá gelado para mim. Obrigada, moço, era o que eu queria.

Ajeitou os óculos, se acomodou na cadeira e me encarou, esperando que eu começasse a falar. Ai, que cara nerd. Então, reclamei dele, falei de sua distração e do chá gelado. Ele disse que não teria problemas em pagar a câmera, mas não entendeu o que o chá gelado tinha a ver com a máquina quebrada.

Estávamos num bar, caramba! Não era difícil de entender o que eu queria dizer. Ele somente olhou e disse "E..?". Aquilo já estava me tirando do sério.

Discutimos mais um pouco - câmeras, fotos, paisagens. Amor? Não, obrigada, não acredito. Ele riu e disse que eu era a primeira mulher que tinha essa opinião. Dei ombros e alguma resposta malcriada que o fez parar e refletir um pouca. Mudou o rumo. As coisas ficavam mais simples com ele. A conversa fluía, por mais estranho que aquilo pudesse parecer para mim. Ele era interessante, mas ainda bebia chá gelado.

Sempre gostei de pessoas com bom papo. Bom papo e inteligentes. Ele, não sei nem seu nome, tinha ambos e ainda estava numa feira de aniguidades. Feira de antiguidades! Não reconheço nada nesse mundo tão a minha cara quanto isso. Ligando os pontos, seria perfeito se não fosse o chá gelado. Ele, de fato, tinha tudo para me conquistar. Nem que fosse por um dia. Mas, sempre pensando que sou segura de mim, resolvi não cair em tentação-amém.

Conversa vai, conversa vem, num dado momento decidi que iria embora. Comecei a me levantar para ir dizendo que ele conquistara minha confiança, mas que ainda me devia uma câmera nova. Desolado, perguntou por que eu estava indo se ainda não tínhamos tomado outra. Não tínhamos nem tomado uma! Ele me convenceu e pediu duas cervejas. O papo dele era realmente muito bom. A cerveja então, nem falo.

Como a conversa ia fácil, nem me liguei no tempo. Pra falar a verdade, não tenho muita ideia de que horas o acidente aconteceu. 11h? 12h? Continuamos conversando e lá pelo começo da noite já não estávamos totalmente sóbrios. Na verdade, tudo rodava. Parecia que estava em uma valsa, onde a voz dele era a melodia bem marcada e ele me envolvia em seus braços fazendo-me dançar. Lembranças de uma bêbada.

 Lembro dele ter pagado a conta e me colocado no carro delicadamente, juntamente com uma musica. Não lembro muito bem. Só sei que no dia seguinte acordei ao seu lado. Não tinha dor de cabeça, nem enjoo. Tinha eu - incrivelmente de camisola -, o homem do chá gelado e uma máquina quebrada em um quarto claro. Mas eu não sei o que aconteceu.

Senhor! Eu só queria dele minha câmera de volta e, quem sabe, umas cervejas!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Pollyana, olhos azuis e historinhas

Não tinha muito porquê estar feliz, apenas o estava. Muito pelo contrário, estavam acontecendo coisas que ela realmente não queria que acontecesse, mas permanecia contente. Mediante as tragédias acontecidas e a seu sorriso, muitos poderiam desconfiar que ela não estava a sentir muito as mudanças, embora esse não fosse realmente o caso. Pondo tudo numa balança, a física fazia milagres e ela ficava feliz. Isso ainda é uma caixa a ser aberta.

Por esses dias, conforme tudo que ia acontecendo, ela pensava que tinha algo muito melhor por trás. Ou simplesmente pensava que poderia acontecer pior, um tipo de Pollyana feeling. Até as tarefas e estudos eram feitas com um sorriso no rosto. Desculpem se estou a importuná-los com tal ênfase neste fato, mas é algo realmente extraordinário para alguém que vivia de doente e de cara fechada.

Estava apaixonada. Nada escondido de ninguém, para falar a verdade, todos sabiam. O que ninguém sabia era que todos os dias ela se apaixonava de novo. Bom, se todos os dias parecer-lhes exagero, podem pensar que era dia-sim-dia-não. Fazia já mais de meio ano que sentia essa estranha sensação de estar amando, mas o mais estranho ainda era que a paixão vinha - e aumentava - constantemente.

Hoje, ela não se vê mais sem os omeletes dele, sem um carinho durante o dia, sem um tapa no bumbum dele, sem aqueles olhos azuis. Olhos esses que a impediam de ficar zangada com ele por muito tempo, visto que bastava um relance neles para que ela ficasse em pleno transe. Até os defeitos combinavam, até aquela dor no pescoço de olhar o tempo todo para cima lhe valia a pena.

Mas não é só por ele que ela se apaixona hoje. Seu estado tem a deixado tão facilmente subjugada às maravilhas do mundo que ela se apaixona pela nuvem, pelo cachorro, por aqueles desconhecidos que ela conhece por um instante e já se sente encantada. Só um alerta: essa paixão por estranhos não era a paixão que ela sentia por ele e tampouco pensava em traí-lo, era algo como se sentisse viva.

Hoje, ela não se sente mais sozinha, sempre o tem por perto. Não precisa mais inventar histórias para se sentir envolvida com algo ou alguém - ela as conta aqui.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Macacada no sótão

Quando eu era pequena, li um livro muito bom do Ziraldo que, se alguém não leu e não sabe do que eu estou falando, eu me recuso apresentá-lo porque é obrigatório saber. Tratava-se - trata-se, porque livro não morre - da história de vida do Menino Maluquinho, e acredito que ali começou minha paixão pela leitura (Maurício de Souza que me perdoe). Mas não foi exatamente para falar do Ziraldo e sobre minha paixão pelas páginas que eu comecei a escrever.

Vim pra falar sobre uma característica do Menino Maluquinho que, com o passar do tempo, passou a ser minha também. Ele tem "macaquinhos no sótão". Não sabe o que é isso? Ainda não acredito que você não leu esse livro! Eu só li umas 50 vezes durante o primário, e leio até hoje! Talvez por isso você não o tenha lido, ele estava o tempo todo comigo!

Muitas coisas - divertidas ou não - passam na cabeça do Maluquinho. Ele é meio carente, então seus macaquinhos entram em ação fazendo-o ter uma imaginação muito fértil e estar sempre pensando em uma porção de coisas. Ele pensa e sente, sente e vive.

Muitas coisas passam pela minha mente o tempo todo. Estou cheia de macaquinhos no sótão. Penso no passado e no futuro, penso em quem eu gosto, no que quero e no que sinto. Penso o porquê do que está ao meu redor (adoro porquês). Penso em você, penso sempre em você!

Cara, são muitos macaquinhos! E onde há muitos macaquinhos, há muito ruído. Mas está cheio de coisas proveitosas e necessárias também. Porém, você sabe, onde há barulho há dificuldade de comunicação, nada é lá muito claro. Como me livrar dos pensamentos impuros se meu aparelho identificador não funciona muito bem? O técnico diz que demora a consertar.

Macaquinhos - e seus barulhos - não me deixam dormir. Ou será que é o calor? Um pouco dos dois, acredito. Viro e reviro na cama, demoro muito a dormir, meu pensamento vai até o Japão. Quanta macacada cerebral!

Macaquinhos fazem sempre aquela mistura que corrói minhas entranhas. Haja sal de frutas (como se extrai sal de frutas? Sempre pensei nisso, me lembra a frutas marinhas)! Macaquinhos me fazem ouvir e interpretar Los Hermanos no último volume. Macaquinhos me fazem querer me tacar no mundo. Macaquinhos me fazem escrever no blog.

Macaquinhos ficam me mostrando fotos. Fotos de um rosto que eu teimo em esquecer, embora isso talvez seja vontade de lembrar. Macaquinhos ficam me falando como ajudar meus amigos. Esse sim é um trabalho forte para os macaquinhos, deveriam ser macacões!

Ideias, felicidades, dores. Saudades, falta, esperança. Amor e paixão. Macaquinhos! Como será que o Menino Maluquinho lidava tão bem assim com tantos macaquinhos? Sei que ele usava uma panela na cabeça, mas temo que isso tenha saído de moda na década de 80.

Macacos me mordam!