Juro que tentei expor meus sentimentos aqui de alguma forma. Mas tem coisas que as palavras não sabem expressar, que me desculpem os leitores, escritores, poetas e a outra Thais que acredita nisso. E acho que não é de amor que eu estou falando: disso eu falo até demais.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
This ever-changing world makes you give in.. and cry
Minha escrita não sai mais tão facilmente como antigamente. Tenho forçado-me a sentar numa cadeira e ficar horas olhando para as teclinhas do teclado esperando que algo venha a minha cabeça. Meus sentimentos estão cheios de um vazio estranho. Cabeça vazia é vasta de campos cultiváveis, e cheia é sem sentido; nunca sei qual preferir. Silêncio mesmo pra mim é um papel em branco. Não rabiscar nada significa o real não dizer da minha mente, já que, mesmo calada em voz, estou a falar em pensamento.
Não é nada confortável pensar que dentro de você há varias colunas esperando para serem preenchidas com o ditado do professor destino. Ele gosta de brincar de Deus e decidir o que acontece comigo - por que me colocou nessa situação? Sinto em mim a impotência do mundo. Não exatamente do mundo, mas a de todos nós no mundo. Por isso leio. É um dos únicos modos de eu verificar que tenho poder sobre minha vida, sobre as letras, linhas e parágrafos que leio. Mas nem isso chega a ser livre arbítrio meu, se eu estou lendo, alguém escreveu. Nada é uma decisão só minha. O mundo é feito de poucas pessoas que prestam entrelaçadas na dor de si mesma e daqueles que não prestam - os que dominam o mundo.
Por isso escrevo, também. E não tenho me importado se está confuso ou não. O mundo é feito de surdos por opção, que também sabem ser analfabetos quando querem. Então, escrevo aos que querem. É minha forma de tentar gritar a todos os pulmões sem precisar utilizar minhas cordas vocais, pontos de exclamação ou letras maiúsculas - um protesto sincero e bem escrito é capaz de ser mais ouvido do que trezentos decibéis. Dizem também que jogar pensamentos e sensações no papel são uma terapia para nossos sentimentos. Eu só ainda não sei se isso os estimula ou os diminui. Uma vez, li que só esquece-se uma mulher de verdade quando a transformamos em literatura. Pen, palpite errado. Minha paixão ficou ainda mais platônica e intensa quando eu resolvi jogá-la nas palavras. Mas, de tanto escrever, acabei esquecendo.
E por isso hoje me encontro desse jeito. Cheio de um enorme chumaço de vazio branco e denso, que até tem nome: solidão. Antes, quanto mais eu escrevia, mais cheia de palavras ficava. Elas brotavam de mim e iam criando forma, cor, nome.. independência! Elas simplesmente saíam de mim sem pedir permissão, sem que eu pensasse, sem que eu as sentisse. Mas eu as sentia! Elas eram reflexos da confusão e multidão de sentimentos que andavam pelo meu coração e minha mente montados em cavalos de adrenalina. E agora me pergunto: que sentimentos? No baque certeiro de algum movimento do universo, eu perdi tudo aquilo que me preenchia por dentro. Perdi o tesão por aquelas minhas coisas certas, perdi o encantamento de certos olhos, uma hora verdes, outrora azuis. Perdi as palavras.
Encantamento é tudo. Não há palavras que saiam sem o mínimo de idolatria, nem amor sem o mínimo de adoração às qualidades. Chego até a ficar com o pé meio atrás ao conhecer pessoas novas que me entendam e sejam parecidas comigo, já que tenho medo de que eu acabe me encantando e me apaixonando platonicamente de novo. Mas, se o mundo dá voltas e anda num ciclo vicioso sem fim, por que eu não seria assim também? Eu poderia ficar linhas e linhas falando sobre todas as dúvidas e desesperos que me cercam se isso fosse há um tempo atrás, mas eu não tenho mais palavras. O mundo me castrou e eu só retornarei a vida quando me encantar de novo, só retornarei às palavras quando algum sentimento se apossar das minhas entranhas e começar a contorce-las. Quando eu quiser chorar lágrimas que possam ser lidas.
Não é nada confortável pensar que dentro de você há varias colunas esperando para serem preenchidas com o ditado do professor destino. Ele gosta de brincar de Deus e decidir o que acontece comigo - por que me colocou nessa situação? Sinto em mim a impotência do mundo. Não exatamente do mundo, mas a de todos nós no mundo. Por isso leio. É um dos únicos modos de eu verificar que tenho poder sobre minha vida, sobre as letras, linhas e parágrafos que leio. Mas nem isso chega a ser livre arbítrio meu, se eu estou lendo, alguém escreveu. Nada é uma decisão só minha. O mundo é feito de poucas pessoas que prestam entrelaçadas na dor de si mesma e daqueles que não prestam - os que dominam o mundo.
Por isso escrevo, também. E não tenho me importado se está confuso ou não. O mundo é feito de surdos por opção, que também sabem ser analfabetos quando querem. Então, escrevo aos que querem. É minha forma de tentar gritar a todos os pulmões sem precisar utilizar minhas cordas vocais, pontos de exclamação ou letras maiúsculas - um protesto sincero e bem escrito é capaz de ser mais ouvido do que trezentos decibéis. Dizem também que jogar pensamentos e sensações no papel são uma terapia para nossos sentimentos. Eu só ainda não sei se isso os estimula ou os diminui. Uma vez, li que só esquece-se uma mulher de verdade quando a transformamos em literatura. Pen, palpite errado. Minha paixão ficou ainda mais platônica e intensa quando eu resolvi jogá-la nas palavras. Mas, de tanto escrever, acabei esquecendo.
E por isso hoje me encontro desse jeito. Cheio de um enorme chumaço de vazio branco e denso, que até tem nome: solidão. Antes, quanto mais eu escrevia, mais cheia de palavras ficava. Elas brotavam de mim e iam criando forma, cor, nome.. independência! Elas simplesmente saíam de mim sem pedir permissão, sem que eu pensasse, sem que eu as sentisse. Mas eu as sentia! Elas eram reflexos da confusão e multidão de sentimentos que andavam pelo meu coração e minha mente montados em cavalos de adrenalina. E agora me pergunto: que sentimentos? No baque certeiro de algum movimento do universo, eu perdi tudo aquilo que me preenchia por dentro. Perdi o tesão por aquelas minhas coisas certas, perdi o encantamento de certos olhos, uma hora verdes, outrora azuis. Perdi as palavras.
Encantamento é tudo. Não há palavras que saiam sem o mínimo de idolatria, nem amor sem o mínimo de adoração às qualidades. Chego até a ficar com o pé meio atrás ao conhecer pessoas novas que me entendam e sejam parecidas comigo, já que tenho medo de que eu acabe me encantando e me apaixonando platonicamente de novo. Mas, se o mundo dá voltas e anda num ciclo vicioso sem fim, por que eu não seria assim também? Eu poderia ficar linhas e linhas falando sobre todas as dúvidas e desesperos que me cercam se isso fosse há um tempo atrás, mas eu não tenho mais palavras. O mundo me castrou e eu só retornarei a vida quando me encantar de novo, só retornarei às palavras quando algum sentimento se apossar das minhas entranhas e começar a contorce-las. Quando eu quiser chorar lágrimas que possam ser lidas.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Meu nada
O que eu posso fazer agora além de rir um pouco da cara da vida? Nada. Aliás, "nada" tem sido a minha resposta pra quase tudo agora. Tenho andado sem rumo, sem um ponto fixo. O que fazemos quando tudo que queríamos - e estava relativamente a nosso alcance - fazer já foi feito? Ninguém nunca me deu a fórmula certa de como vencer o tédio. Assim como nunca me deram as instruções para amar. E desse não saber vou fazendo confusões e entrelaçando histórias sem pé nem cabeça que, alguma hora, vão me prender e me botar contra mim mesma. Eu só faço merda, cara. Deve ser por isso que acho tanta graça assim dessa tragédia que é a vida. Ou dessa tragédia que eu transformei a vida - ela em si deveria ser uma dádiva. Eu preciso de um foco!! Algo que me faça andar em linha reta, que me tire de órbita por tempo o suficiente para eu me sentir alegre novamente. Não me reconheço mais estando tão perdida assim. Só tenho andado pelas ruas na chuva, em busca de rostos e olhos pelos quais eu possa me apaixonar. Mas o que tem adiantado? Nada.
domingo, 14 de novembro de 2010
Peça de mim mesma
Hoje eu fui ao teatro. Mas, sabe, não me sinto bem. Não, não, não, a peça estava ótima; o texto era maravilhoso; o ambiente, bem cuidado; e as mulheres, tão boas atrizes quanto bonitas. Aliás, descobri que me apaixono por mulheres mais velhas. São aquelas minhas paixões de um quarteirão só, que mudam de esquina em esquina, aquelas que todo mundo já conhece. Ninguém entende como consigo andar cidades e cidades a base de mulheres impossíveis. Mas dizem que faz bem ter uma musa inspiradora. Ou duas. Ou três. Elas ficam na minha cabeça por aproximadamente três segundos, o suficiente pra eu adentra-las e devora-las antes de atravessar a rua. Mas nada impede que depois as encontre de novo e o ritual se repita.
E é essa vida toda de rituais e repetir de formas diferentes os mesmos textos e paixões já decoradas que me fazem, muitas vezes, pensar que estou numa peça de teatro. Olho o mundo com olhos de quem encara, dou um risinho de meia boca e olho em volta. Faria um monólogo meio inquieto, cheio de dúvidas, o que me deixaria com um ar mais instigante ainda. Andaria pelos corredores com cara de medo e repetindo antigos versos que acabei de conhecer. Observaria profundamente cada passante como se fossem meus espectadores e os deixaria sem graça - ou quem sabe me desafiariam ainda mais. "Mundo, quem és tu?!" - perguntaria-me. Mas não obteria respostas no meu monólogo, mesmo que ele não fosse um monólogo.
Isso tudo faz com que minha mãe me chame de estranha. Meu pai, de ET. Minha vó, que é preciso atentar às minhas tendências comportamentais. E eu, que tudo isso é um sinal de que a vida não é teatro: a realidade está longe de ser pré-escrita. E quem dirá por um alguém dirigida e ensaiada! Queria que fosse. Não seria preciso me mostrar todo o roteiro, agradeceria algumas surpresas, mas, quem sabe, assim, eu não me sentiria assim como me sinto hoje.
Sinto-me incompleta. Normalmente eu diria vazia, mas a áurea da peça me preencheu um pouco. Eu até tinha companhia, duas amigas. Mas não gosto delas juntas e eu sobrando. Não por elas acabarem ficando mais juntas e eu um pouco deslocada, mas porque elas me dão uma certa tristeza. Me lembram a relacionamento, dor, sentimento.
Amor perdido dói. Não o amor que se perdeu pelo tempo, mas aquele que deixamos escapar de nossas mãos e nunca mais o recuperamos. A sensação é estranha. Pego meu ingresso para tentar me distrair e vou passando o dedo, suavemente. Sinto uma tristeza, um arrepio, a ponta dos meus dedos são sensíveis como eu. As luzes não são mais a mesmas e, mais uma vez, eu me sinto inundada da melancolia alheia que pertence mais a mim do que aos outros.
Acabo sendo sozinha. Então escrevo. Não tenho a técnica de encenar o que penso, mas sei tenho o dom da palavra. Não tenho pessoas e amigos que realmente me entendam, mas as palavras estão sempre ali para me ouvir, para encarar os meus olhares e não se intimidarem. A incompreensão dada a um alguém que absorve sensações adversas e gosta do silêncio de si mesma é impressionante. Ninguém também entende quando quero fazer do mundo uma peça de teatro, onde eu possa ser a única personagem do meu monólogo e possa passar todo o tempo no silêncio falando sem parar, debatendo comigo mesma somente no encarar de tantos olhos descrentes e uns poucos sorrisos de concordância. Deve ser maravilhoso sentir que as pessoas compreendem sua dor enquanto elas riem, e não choram de pena, assim como as letras fazem, enquanto sambam nos sentimentos. A dor é essencial e onipresente, na vida, na peça. Em mim, em você. A arte também.
E é essa vida toda de rituais e repetir de formas diferentes os mesmos textos e paixões já decoradas que me fazem, muitas vezes, pensar que estou numa peça de teatro. Olho o mundo com olhos de quem encara, dou um risinho de meia boca e olho em volta. Faria um monólogo meio inquieto, cheio de dúvidas, o que me deixaria com um ar mais instigante ainda. Andaria pelos corredores com cara de medo e repetindo antigos versos que acabei de conhecer. Observaria profundamente cada passante como se fossem meus espectadores e os deixaria sem graça - ou quem sabe me desafiariam ainda mais. "Mundo, quem és tu?!" - perguntaria-me. Mas não obteria respostas no meu monólogo, mesmo que ele não fosse um monólogo.
Isso tudo faz com que minha mãe me chame de estranha. Meu pai, de ET. Minha vó, que é preciso atentar às minhas tendências comportamentais. E eu, que tudo isso é um sinal de que a vida não é teatro: a realidade está longe de ser pré-escrita. E quem dirá por um alguém dirigida e ensaiada! Queria que fosse. Não seria preciso me mostrar todo o roteiro, agradeceria algumas surpresas, mas, quem sabe, assim, eu não me sentiria assim como me sinto hoje.
Sinto-me incompleta. Normalmente eu diria vazia, mas a áurea da peça me preencheu um pouco. Eu até tinha companhia, duas amigas. Mas não gosto delas juntas e eu sobrando. Não por elas acabarem ficando mais juntas e eu um pouco deslocada, mas porque elas me dão uma certa tristeza. Me lembram a relacionamento, dor, sentimento.
Amor perdido dói. Não o amor que se perdeu pelo tempo, mas aquele que deixamos escapar de nossas mãos e nunca mais o recuperamos. A sensação é estranha. Pego meu ingresso para tentar me distrair e vou passando o dedo, suavemente. Sinto uma tristeza, um arrepio, a ponta dos meus dedos são sensíveis como eu. As luzes não são mais a mesmas e, mais uma vez, eu me sinto inundada da melancolia alheia que pertence mais a mim do que aos outros.
Acabo sendo sozinha. Então escrevo. Não tenho a técnica de encenar o que penso, mas sei tenho o dom da palavra. Não tenho pessoas e amigos que realmente me entendam, mas as palavras estão sempre ali para me ouvir, para encarar os meus olhares e não se intimidarem. A incompreensão dada a um alguém que absorve sensações adversas e gosta do silêncio de si mesma é impressionante. Ninguém também entende quando quero fazer do mundo uma peça de teatro, onde eu possa ser a única personagem do meu monólogo e possa passar todo o tempo no silêncio falando sem parar, debatendo comigo mesma somente no encarar de tantos olhos descrentes e uns poucos sorrisos de concordância. Deve ser maravilhoso sentir que as pessoas compreendem sua dor enquanto elas riem, e não choram de pena, assim como as letras fazem, enquanto sambam nos sentimentos. A dor é essencial e onipresente, na vida, na peça. Em mim, em você. A arte também.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Doadores de amor
-O que tá escrito aqui?
-Amor
-Você sabe o que isso significa?
-Sei..
-Não, amor não tem significado!
Hoje eu vi como meus problemas e reclamações são minúsculos. Tá certo, minha visão de mundo e de vida sempre me disse isso, mas acho que, talvez por comodidade inconsciente, eu esqueça disso e torne os meus problemas o centro de tudo. Pode ser também que seja essa mania minha de viver no meu mundinho: acabo sempre direcionando o meu amor e atenção para ele. Desprezo esse mundo em que vivemos, onde os maiores sempre controlam os menores, onde um só país tem o mundo inteiro em suas mãos, pura e unicamente devido à simples pedaços de papel amontoados. Mas acho que esse meu isolamento é uma forma de fuga e, na verdade verdadeira, quero que todos venham para ele e não que eu vá para fora. Ainda mais porque não simpatizo com nada que essa multidão chamada população sente e vive. Não vou com a cara de relações efêmeras de pessoas superficiais, muito menos de relações e transações de interesse. Se é para haver interesse, que haja interesse no amor e no carisma, não na beleza. Aliás, acho que o mundo perdeu sua noção de beleza. Não digo de estética, mas sim do conceito inicial. Beleza deveria ser associado à pessoa, à inteligência, à personalidade e não somente ao físico! Rosto, cabelo e o resto.. tudo morre, nada fica. Matéria apodrece, pensamentos só se desenvolvem. Nem mesmo os problemas ficam! E quem dirá os meus. Sou só uma reles e insignificante pessoa nesse mundo todinho que deu sorte de nascer numa família que me deu a capacidade de pensar e enxergar o mundo como ele é. É como se eu não vivesse nele, mesmo porque, convenhamos, só quem sofre sabe o que é viver na Terra. E é sofrer mesmo! Injustiças, guerras, fome, ser simples detalhes no meio de uma luta de interesses e cobiça que os mais fortes - porém covardes - criaram. A vida se resume a isso mesmo, ao fim: uma rede de desesperos estridentes, com certos e poucos momentos de felicidades de um tempo que nunca é o mesmo. E como somente observo esse absurdo do meu mundinho à parte, tento não ser mais tão insignificante pro mundo real. Ou pelo menos não me sentir tanto assim. Procuro todo amor e carinho que sempre cultivei dentro de mim e o dôo para quem nunca teve a oportunidade de um digno grama de atenção. Vasculho meus sentimentos e encontro uma forma de demonstrá-lo com minhas atitudes, de uma forma que eu melhore o mundo e não somente sinta pena dele e de seus bonequinhos. E faço tudo isso porque sei que, no espaço que criei para mim mesma, há pessoas que pensam como eu e que fazem aquilo que faço e estou disposta a fazer. Me animo quando encontro alguém que se encaixa no meu mundo, já que vejo que não só eu vejo o mundo desse jeito, que não só eu quer fazer algo em prol de qualquer um. Que não só eu vou ter sempre uma sobra de amor para dar a quem nunca o provou, para que esses possam entrar em contato e produzir o seu próprio.
-Mas foi à primeira vista..
-Amor
-Você sabe o que isso significa?
-Sei..
-Não, amor não tem significado!
Hoje eu vi como meus problemas e reclamações são minúsculos. Tá certo, minha visão de mundo e de vida sempre me disse isso, mas acho que, talvez por comodidade inconsciente, eu esqueça disso e torne os meus problemas o centro de tudo. Pode ser também que seja essa mania minha de viver no meu mundinho: acabo sempre direcionando o meu amor e atenção para ele. Desprezo esse mundo em que vivemos, onde os maiores sempre controlam os menores, onde um só país tem o mundo inteiro em suas mãos, pura e unicamente devido à simples pedaços de papel amontoados. Mas acho que esse meu isolamento é uma forma de fuga e, na verdade verdadeira, quero que todos venham para ele e não que eu vá para fora. Ainda mais porque não simpatizo com nada que essa multidão chamada população sente e vive. Não vou com a cara de relações efêmeras de pessoas superficiais, muito menos de relações e transações de interesse. Se é para haver interesse, que haja interesse no amor e no carisma, não na beleza. Aliás, acho que o mundo perdeu sua noção de beleza. Não digo de estética, mas sim do conceito inicial. Beleza deveria ser associado à pessoa, à inteligência, à personalidade e não somente ao físico! Rosto, cabelo e o resto.. tudo morre, nada fica. Matéria apodrece, pensamentos só se desenvolvem. Nem mesmo os problemas ficam! E quem dirá os meus. Sou só uma reles e insignificante pessoa nesse mundo todinho que deu sorte de nascer numa família que me deu a capacidade de pensar e enxergar o mundo como ele é. É como se eu não vivesse nele, mesmo porque, convenhamos, só quem sofre sabe o que é viver na Terra. E é sofrer mesmo! Injustiças, guerras, fome, ser simples detalhes no meio de uma luta de interesses e cobiça que os mais fortes - porém covardes - criaram. A vida se resume a isso mesmo, ao fim: uma rede de desesperos estridentes, com certos e poucos momentos de felicidades de um tempo que nunca é o mesmo. E como somente observo esse absurdo do meu mundinho à parte, tento não ser mais tão insignificante pro mundo real. Ou pelo menos não me sentir tanto assim. Procuro todo amor e carinho que sempre cultivei dentro de mim e o dôo para quem nunca teve a oportunidade de um digno grama de atenção. Vasculho meus sentimentos e encontro uma forma de demonstrá-lo com minhas atitudes, de uma forma que eu melhore o mundo e não somente sinta pena dele e de seus bonequinhos. E faço tudo isso porque sei que, no espaço que criei para mim mesma, há pessoas que pensam como eu e que fazem aquilo que faço e estou disposta a fazer. Me animo quando encontro alguém que se encaixa no meu mundo, já que vejo que não só eu vejo o mundo desse jeito, que não só eu quer fazer algo em prol de qualquer um. Que não só eu vou ter sempre uma sobra de amor para dar a quem nunca o provou, para que esses possam entrar em contato e produzir o seu próprio.
-Mas foi à primeira vista..
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Xadrez
-Qual sua cor favorita?
-Cor?
-É
-Sei lá, quadriculado
-Quadriculado é cor?
-Sei não.. por que isso?
-Dizem que as cores dizem muito sobre nós, mas eu não sei minha cor favorita. Devo estar sempre mudando..
-Mas não gostas de nenhuma?
-Gosto de teus cabelos enrolados..
-E eu, de teus olhos.. são pequenos
-Os seus também são!
-Mas os seus combinam contigo
-Gosto de tua boca também!
-A tua é mais bonita..
-As pessoas nunca gostam do que elas tem
-Isso não é verdade!
-Não?
-Eu gosto de você..
-Cor?
-É
-Sei lá, quadriculado
-Quadriculado é cor?
-Sei não.. por que isso?
-Dizem que as cores dizem muito sobre nós, mas eu não sei minha cor favorita. Devo estar sempre mudando..
-Mas não gostas de nenhuma?
-Gosto de teus cabelos enrolados..
-E eu, de teus olhos.. são pequenos
-Os seus também são!
-Mas os seus combinam contigo
-Gosto de tua boca também!
-A tua é mais bonita..
-As pessoas nunca gostam do que elas tem
-Isso não é verdade!
-Não?
-Eu gosto de você..
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