sábado, 23 de abril de 2011

Amor: sonho

E os amores brandos, que sejam assim brandos, como tardes suaves e com brisas de domingos, aquelas que não temos nada para fazer que não seja dormir: ser brando. Mas o nosso amor não era mais isso, já era uma tempestade de lágrimas e amores e sentimentos, parecido com aqueles sábados turbulentos de aula, passeio e festa. Os olhos que lacrimejam em frente aos ouvidos que escutam imploram por uma salvação absoluta da confusão que chamamos de sentimento. A minha mente é apelidada de dúvida e quando vem traz a irmã gêmea e me leva em direção a ele ao mesmo tempo em que a outra me empurra para o outro lado. E o questionamento toma conta de todas minhas cordas vocais - por que eu fiz isso? Oras, porque fazemos coisas idiotas, sempre. E quanto mais humanos formos, mais isso faremos. Cansei de pertencer a essa minha espécie que talvez pior que o próprio humano seja. Meu humor vai do extremo da felicidade à sofreguidão extenuante em segundos. Como tentar ter controle de algo, se são forças cerebrais sobre - e não sob - meu controle que me controlam? E elas são forças chamadas sonho, sonho chamado imaginação, imaginação chamado irrealidade, irrealidade chamado lugar-onde-nunca-viverei, lugar-onde-nunca-viverei chamado impossível, e não, isso não é questão de ponto de vista. É questão de consciência.

-Você é tão nova e tão bonita, por que bebe tanto?
-Porque quando eu tô bêbada, eu não sonho.

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