sexta-feira, 30 de julho de 2010

Alguma força estranha

Tudo o que eu queria mesmo era que você estivesse ao meu lado este momento para eu poder te abraçar. Agora e em todos os momentos. Eu queria te trazer pra mim e poder passar noites a fio dormindo abraçada com você, ficar horas mexendo na sua orelha até você dormir. Queria muito que você ficasse aqui ao meu lado e eu pudesse contar todos os meus segredos no silêncio dos nossos olhares e te mostrar o meu sentimento ao pé do teu ouvido. Queria poder te abraçar até você não ter forças para se afastar de mim e que nossas mãos se moldassem ao corpos um do outro e ficássemos na nossa paz total.

Mas o mundo me castra. Eu passo horas e mais horas dos meus dias pensando que eles não eram seus, tentando enxergar algum que não fosse seu. Mal sabia eu que, deste modo, eu passaria o dia inteiro pertencendo a ti. Fujo, corro, pulo, viajo e maré da minha mente me traz de volta a você. Meu destino colou na sua pele, menino - ou será que foi o seu na minha? Tento não lembrar sempre desse seu jeito de explicar algo, ou do seu beicinho quando você finge estar triste, ou mesmo de que quando você segura na minha mão nada o meu medo de não ter caminho vai embora e fica você. Só você.

A minha vontade pelo novo tenta me levar sempre para longe. A tentação da novidade no mundo de quem está, teoricamente, estagnada é mais do que tentadora, como já diria o nome. Sabe, o esforço é grande. Mas, quando a vida me pede uma decisão, eu fico com você. Eu volto, bato na porta, peço um canto, desligo o celular, tiro os sapatos, deito na tua cama, te faço ficar perto de mim e digo que, de agora em diante, você não me escapa. O acaso que às vezes quer que eu fuja de ti, resolveu fazer de você um cais. E, sabe, é perigoso contrariar.

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