É difícil - e estranho - esse lance de decidir entre o Sol e a lua. De querer um pedaço no céu, e agir como o diabo. De viver o certo, e desejar o incerto. De buscar o novo, sem querer se separar da velho. De gostar do homem, e querer mulher. A vida é cheia dessas coisas, né, escolhas. Procuramos sempre escolher que fila do pedágio pegar, mesmo antes de sair do túnel. Qual estará mais cheia? Qual combinará mais comigo? Onde estão meus amigos? Amigos. Ainda não me decidi se essa categoria de pessoas existe para nos ajudar ou nos atrapalhar. Na maioria das vezes, estou certo da primeira opção, mas tem vezes que eles pertubam tanto minha confusão, que deveriam ir embora. Mas não consigo me desapegar deles. Taí: desapego. Quem sabe o segredo da vida não é deixar tudo para trás e nos tacar sempre no novo? O que fomos às 11:39h não é o que somos às 11:40h. Mas há o medo. De perder a segurança do que sabemos que somos, de perder aquilo que tivemos. Ele me persegue há tanto tempo e me faz crer que o real é impossível, inimaginável e o pior, insosso. Querer saber direcionar seus ideais e a si mesmo, todos querem, mas quem um dia há de conseguir? Sento-me na minha poltrona de vovô, pego mais uma xícara de café e leio o jornal. Espero o que tiver que vir. Por mais que isso seja uma forma de eu me decidir como encarar os fatos.
É, até as mais ínfimas coisas da vida são escolhas.
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