domingo, 17 de janeiro de 2010

Quem é mais sentimental que eu?

É incrível como as coisas mudam rápido e nós sequer podemos fazer algo. Quando vemos uma relação, uma pessoa, um sentimento já se foi. E a nós só nos resta lamentar. Mas tem casos em que as coisas não se vão, apenas mudam. Devemos aproveitar.

Eu sempre tive bons amigos. Mas não sou da tribo que ostenta muitos e é visivelmente amado e querido por todos - sempre fui da tribo que dá amor. Sempre penso em mim mesma como alguém com a necessidade de se apoiar sentimentalmente nos outros, e somente de uma única forma: doando-os o amor que tenho. Que, acredite, não é pouco. Afinal, quem dá, recebe.

Conheço poucos assim como eu. Acho que somente uma amiga se encaixa no que eu chamo carinhosamente de ''free love''. Doamos amor a quem quer que seja, somos amáveis, carinhosas e cativantes (e muito modestas também!). Mas não somos hipócritas, queremos, sim, algo em troca. E queremos a coisa mais simples e mais natural do mundo: consideração. Afinal sabemos que uma consideração por receber amor, amor se torna.

Minha família, visivelmente estranha, me ensinou isso. E, por isso, me apoio em quem dou meu carinho. Mas não gosto de mudanças, isso afeta os sentimentos. Principalmente, a mudança de ser.

Não gosto quando alguém muito próximo de uma hora pra outra me trata diferente, ou melhor, com indiferença. Afinal, sempre fomos juntos, sempre fomos como um. Agora eles são um e eu sou o resto. Não é justo que uma outra relação de carinho envolva e termine com essa primeira relação de amor, não é.

Mas a mim só me resta acreditar que o sentimento original não se fora, apenas tenha mudado por um engano. E continuar doando esse amor, visando, ainda mais nessa relação, que a volta perpetue. Afinal, não é ficando de bico e braços cruzados para a pessoa que vou receber o amor. Quem recebe faz por merecer. E quem sabe ele não volte a ser o que era? Ou melhor, quem sabe ele não cresce?

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